De todos os personagens com quem tive contato nos últimos 5 anos, poucos me chamaram mais a atenção do que Geralt de Rívia. Protagonista da série The Witcher de Andrzej Sapkowski e suas adaptações (como os jogos da CD Projekt RED), onde exerce a profissão de bruxo. Sua última aparição se deu em Sangue e Vinho, na segunda expanção do aclamado game The Witcher 3: Caçada Selvagem.
Geralt surgiu pela primeira vez em contos publicados na revista polonesa Fantastyka a partir de meados dos anos 1980. O primeiro deles, chamado “Wiedźmin” (“O bruxo”), de 1986, foi escrito exclusivamente para um concurso realizado por esta revista, ficando no terceiro lugar. Posteriormente, em 1990, as quatro primeiras histórias abordando o bruxo Geralt foram apresentadas, na forma de livro, em uma coleção de contos também intitulada Wiedźmin (hoje fora de catálogo).
Geralt também é conhecido como Gwynbleidd (que na Língua Antiga significa “Lobo Branco”, um nome dado a ele pelas dríades, assim como “Carniceiro de Blaviken”).
Apesar do seu nome, Geralt não é de Rívia: ele cresceu sob a tutela dos bruxos de Kaer Morhen no reino de Kaedwen. Com a intenção de parecerem mais confiáveis para clientes em potencial, jovens bruxos são encorajados a utilizar novos sobrenomes pelo mestre Bruxo Vesemir.
Mais tarde, a Rainha Meve de Lyria o condecorou cavaleiro pelo seu valor na Batalha pela ponte no Yaruga, lhe dando também o título formal “de Rívia”, o que o agradou. Geralt é, portanto, também um cavaleiro de Lyria.
O cenário criado por Sapkowski consegue impressionar pela riqueza de detalhes, geografia e até mesmo línguas criadas especialmente para a série, baseadas no inglês, francês, galês, irlandês, latim, entre outras. Conflitos políticos, dilemas morais e tensões raciais marcam uma presença constante em suas estórias além de uma boa dose de humor negro.