Mister No é um ex-combatente que lutou na Espanha, na Birmânia, na região do Pacífico e na Itália, e que, desiludido com a violência e as imposições da sociedade ocidental, se refugiou na Amazônia brasileira. Criado pelo escritor Sergio Bonelli sob o pseudônimo Guido Nolitta, e pelo artista Gallieno Ferri e, apesar de ter sido lançado em junho de 1975, as suas aventuras começam em 1952, logo após a 2ª Guerra e a última em 1969. Refugiando-se em Manaus, Jerome (Jerry) Drake Junior, o verdadeiro nome de Mister No, onde comprou um velho avião modelo Piper e começou a trabalhar como piloto e guia turístico.
Em São Luís conheceu seu melhor amigo Otto Kruger, um alemão que foi apelidado de Esse-Esse (SS) pelos brasileiros por causa de seu passado como oficial do exército alemão nazista. O Mister No, como Esse-Esse, é um homem preguiçoso que gosta de ficar na cantina de Paulo Adolfo, beber cachaça e flertar com garotas, e muitas vezes acaba se envolve em atividades perigosas e problemas contra sua vontade. Embora muitas das aventuras de Mister No se passem no Brasil, algumas acabam se passando em outros países da América do Sul, América e América do Norte, mas nosso aventureiro já foi levado para a Europa , África e Ásia.
Mister No não tem um companheiro fixo em suas aventuras. Além de Otto, seus grandes amigos em Manaus foram o barman Paulo Adolfo, o mecânico Augustino, a cantora Dana Winter. Em Nova York estreitou relações com o tagarela barman Harvey Fenner e com o proprietário de clubes Max Culver. Jerry tem muitas namoradas, e muitas foram suas conquistas amorosas, praticamente uma em cada aeroporto; mulheres charmosas, mas também corajosas, capazes de sair sozinhas de problemas, entre elas temos a bela arqueóloga Patricia Rowland.
Muito ao estilo Indiana Jones e Alan Quatermein, porém ambientado em um cenário muito mais realista e ainda sob a febre dos filmes de ação da década de 70 e 80, e explorando personagens e problemas muito comuns no pós-guerra e na sede de exploração extrativistas daqueles que ansiavam fazer fortunas fáceis em países tidos como inóspitos e inexplorados.
No repudia a violência, mas freqüentemente teve que usá-la para livrar-se de criminosos que o cercavam. Seu maior inimigo foi o poderoso Kenzo Ishikawa, chefe da organização conhecida como “Legião dos não-vivos“: é o homem que o obrigou a fugir do Brasil, o que fez com que suas estórias fossem ambientadas por um tempo em Nova York, retornando ao Brasil só muto tempo depois.
Errante e extremamente solitário, Mister No parece estar em uma eterna busca de alto conhecimento ou penitência por seus próprios pecados, possivelmente gerados pela guerra, amigo de um garrafa de bebida ou de quem lhe servir uma, Jerry Drake ainda não encontrou e talvez nunca o faça.
Você pode até dizer que Mister No não é um detetive e que nem deveria constar aqui, mas ele é o mais puro na essência do “me deixa quieto” ou “não mexam comigo“, mas se isso acontecer ele não vai para de investigar o que está acontecendo ou deixar o vilão escapar ileso.
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