Nick Raider – Esquadrão de Homicídios

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Nick Raider foi totalmente inspirado em Tex Willer personagem da Bonelli Comics e no ator Robert Mitchum, ele é um detetive do Esquadrão Homicídios de Manhattan. O personagem foi criado por Cláudio Nizzi  na década de 80 e teve os seus traços definidos por Giampiero Casertano sendo lançado em 1988. O escritor é conhecido dos leitores brasileiros como o herdeiro de Gianluigi Bonelli nos textos de Tex.

De todos os detetives fantásticos Nick Rider é o mais próximo da realidade que podemos ter. Nick é chamado para resolver casos e situações em que policiais normais fracassam usando investigação, procedimentos e métodos reais, submetidos a regulamentos precisos que limitam a ação. Não há criminoso que seja perigoso o suficiente para lhe escapar, não há caso tão complicado que o faça desistir.

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O detetive do esquadrão de homicídios  é fruto de um caos urbano onde o clima ” noir” se mescla a mesquinharia do cotidiano envolto em design retrô muito sutil , o “mundo cão”, bordão que nosso herói tanto balbucia , torna-se um mantra que resume o dia a dia de um policial que tem a sua trajetória amparada na figura de policias como Sérpico , ou o detetive interpretado por Michael Douglas em Instinto Selvagem.

Ao ler as aventuras nossa impressão é a mesma de estar vendo um  filme policial dos anos 70 . A temática básica é a de um drama policial, onde a ação se funde a citações de velhos clássicos americanos e participações de um ou outro personagem, até mesmo Hitchcock já foi coadjuvante em uma de suas melhores tramas, o que dá um sabor todo especial a este personagem.

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A atmosfera cinematográfica permeia as páginas das aventuras de Nick Rider que constantemente lembra a ambientação de filmes como Táxi Driver de Scorsese ou Chuva Negra de Ridley Scott. Apesar de serem filmes complexos em suas individualidades , resumem a dose de influência cinematográfica com a qual Cláudio Nizzi imprimiu a o herói. Nick Raider é tudo isso e muito mais e que nos traz o prazer das velhas séries policiais cheias de tiros , suspense e clássicas perseguições de automóveis.

O principal parceiro e amigo de Nick, Marvin Brown é um oficial afro-americano muito bem-humorado e ágil, sempre dividido entre a caça a elementos perigosos e piadas ora espirituosas, ora infames. Costuma chamar Nick de “Buana“, espécie de “patrão” em algum dialeto africano. Marvin faz lembrar e foi inspirado num outro policial das telas , mais especificamente o herói de “Um tira da pesada“. A jornalista Violet McGraw, é um dos tantos interesses amorosos de Nick. Saem juntos, jantam e muitas vezes participam das mesmas aventuras. Violet, é mais que uma amiga, é a mais constante presença feminina nas tramas.

faq

Tenente Arthur Rayan é o superior imediato de Nick e Marvin no Distrito Central. É um velho conselheiro e amigo, deveras conservador e temente ao “Oi, Querida“, mas sempre correto e disposto a ajudar. Apesar de quase sempre concordar com Nick, Art teme a sua ousadia. “Oi, Querida” é o apelido dado por Nick ao Capitão Philip Vance se refere aos seus constantes telefonemas à esposa, nas situações mais diversas possíveis. Vance é neurótico, estressado e ávido por notoriedade. Detesta as iniciativas quase sempre acertadas que Nick e Marvin tomam sem seu consentimento.

Tímido, sempre com vontade de ser designado para uma grande investigação cheia de ação e perigos, Jimmy Garnett é o encarregado de consultar fichas e arquivos criminais, operar computadores e afins. Ele  sempre sentiu uma certa insatisfação ao ficar com a parte burocrática dos casos que chegam ao Distrito Central. Já o principal informante de Nick é um anão de nome Alfie que está sempre a par do que se passa no submundo de Nova York.

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Bowmann é o perito em investigação da cena do crime. Coleta e analisa todas as provas materiais que possam fornecer um ponto de partida para a investigação: impressões digitais, fios de cabelo, projéteis, secreções, posição do cadáver. O médico legista é Blum, que realiza as autópsias no necrotério. O contato diário com a morte aguçou seu senso de humor, de forma que suas piadas têm o mesmo efeito sobre Nick que as pilhérias de Marvin. Ward Mulligan é o sargento que está permanentemente de serviço no balcão de recepção do distrito. Alegre, bonachão e grande contador de piadas, destinado a ser o primeiro a se deparar com os mais desesperados casos humanos. E de origem napolitana,  temos o Agente D’Angelo que faz pequenos serviços no distrito. Porém, sua verdadeira missão na vida é passar entre as escrivaninhas dos agentes distribuindo seu café, feito a base de misturas exóticas de países latino-americanos, segundo ele. Mas comenta-se no distrito que, na verdade, o ingrediente principal usado por D’Angelo são as pontas de seus charutos trituradas, o que ele nega, mas justifica o gosto horrível do seu café.

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Nick Rider não tem um inimigo mortal, um arqui-vilão, ele é simplesmente um policial. Os apreciadores do gênero na Itália acompanharam as estórias deste tira corpulento que percorre as ruas de uma Nova York caótica, sempre trajando tênis e roupas esportivas, portando um revólver Colt 38 Special e dirigindo seu Pontiac Firebird preto de placas NYC 777, numa luta incessante contra as mais variadas formas de criminalidade em meio as turbulências da cidade.

Existem boas razões para Nick Rider não ter sido criado como um detetive particular e a maior delas é manter o personagem preso às regras e procedimentos policiais sem a liberdade que um detetive particular têm. A necessidade de manter as estórias  curtas e objetivas definidas em poucas páginas. Para um policial a narrativa pode começar com um simples telefonema para a central e de pronto já temos o nosso investigador no meio da trama. Além do mais, carros de patrulha, agentes de uniforme, mensagens de rádio e laboratórios de perícia oferecem uma cenografia mais rica, enquanto o detetive é uma figura solitária, Nick Raider tem em torno de si um esquadrão de amigos e colaboradores que o ajudam.

Outros detetives fantásticos:

Martin Mystère

Nathan Never

Dylan Dog

Mister No

Mágico Vento

Legs Weaver

 

 

6 Respostas para “Nick Raider – Esquadrão de Homicídios

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