Cada um de nós do Mundo Guerreiro selecionou alguns filmes lançados no Brasil em 2017 para criarmos essa lista. Foram filmes que nos surpreenderam, emocionaram e simplesmente mereceram nosso reconhecimento. Esperamos que gostem! Ah! E caso não tenham ainda sido vistos, o que você está esperando? Aproveite a folga durante as festas de fim de ano e assista imediatamente!

Logan

O que falar de um filme que você já começa a assistir sabendo que será a despedida de um personagem que marcou época? Podemos dizer que é exatamente sobre isso que vemos nesse filme. Uma dolorosa história sobre despedidas, sobre vidas desperdiçadas, sobre o dano inexorável do tempo, contada através de atuações impecáveis. Violento, cru, dramático. As atuações estão impecáveis e para muitos daqui, principalmente os mais velhos e que são mais atingidos pela mensagem, o melhor filme do ano.

– Davi Paladini

Blade Runner 2049

A visão do diretor é única, uma obra pra celebrar a vida, as escolhas e a individualidade. Nasceu como uma ópera cinematográfica com os seus Atos I e II amarrados por um interlúdio surpreendente. Mostra que até as escolhas do diretor no passado parecem fazer parte da sua composição.
Não nasceu predestinado às bilheterias, mas para poucos escolhidos e me permitam parafrasear Emi Bulhões, trouxe-nos os Sete Silêncios, onde aprendemos que o amor, a reanuncia, a criação, a perda, a entrega, o nascimento e a morte; são partes integrantes desse roteiro uno, sem separação de tempo, não é possível distanciar o primeiro do último, se não, na estória.
Ele te faz refletir sobre suas escolhas, seus caminhos e o motivo de tudo a sua volta, nivela os ideais e os objetivos à um único patamar… seu destino é traçado por você.

– Walber Pena

Star Wars: O Último Jedi

Star Wars episódio VIII O Último Jedi (sim, é no singular, disse o próprio diretor), divide opiniões, porque realmente não é um filme para qualquer um. Não é perfeito, afinal de contas, a maioria dos filmes da saga não foram, mas ainda está lá, a Guerra nas Estrelas; os monstros; os mundos; toda a carga da história de gerações; os Skywalker (quer goste ou não, pouca coisa é mais Star Wars do que esta família) e John Williams, sim, ele continua lá. Ok, eu senti um pouco de falta dos Jedi e seus combates fabulosos, mas há um porquê para isso, faz parte da evolução da história, e como o filme fez questão de demonstrar, nada é para sempre.

– Antônio Nerd Velho

It

Eu esperava um filme muito mais apavorante do que sua versão feita para TV, famosa pela atuação do incrível Tim Curry. O que encontrei aqui foi um remake que conseguiu superar o original, trazendo a estória para os anos 80 e fazendo uma homenagem surpreendente a clássicos como “Conta Comigo“, “Goonies” e “Poltergeist“. Easter-eggs e atuações convicentes tanto das crianças quanto do ator Bill Skarsgård, no papel do palhaço/demônio/transmorfo Pennywise, além da direção competente de Andy Muschietti (do filme Mama), fazem de It um dos melhores filmes do ano. It vai além do terror e aborda de forma sensível e ao mesmo tempo apavorante, a transformação da infãncia na adolescência. Recomendo!

– Glauco Marotta

Liga da Justiça

Sim, eu sou polêmico! Não tem como ficar em cima do muro com esse aqui. Liga da Justiça é a maçã da discórdia. Ame ou Queime! E se um filme é capaz de produzir reações tão distintas, é impossível negar sua importância para o ano que passou. O fato é que, apesar de tantos problemas na produção, a DC colocou suas armas na mesa, abrindo as portas para novos personagens e franquias, além de estabelecer um tom definitivo para o seu universo. Algo que, enquanto para alguns soou apenas como uma cópia mal executada do que a Marvel vem oferecendo, para outros (eu tô nesse time aí), apesar de pop, mantém, em algum grau, o cinza e a megalomania das suas primeiras investidas. E não, não é heresia alguma o Batman fazer piada!

– Vinicius Farias

Mother

Não da pra saber se esse filme é um terror, um drama, um suspense, um sci-fi… Acho que o classificaria como WTF?! As atuações são tao convincentes que assustam, o filme é tão rico e complexo que ao terminar você precisa parar, sentar e tentar entender o que foi tudo isso que você acabou de ver, Aronofsky em sua melhor forma. O filme da um nó no estomago e na cabeça, vá preparado!

– Davi Paladini

Your Name

Sim, eu sei que sou fã de Animes, mas este aqui não entrou na lista dos melhores do ano por acaso. Onde quer que tenha sido exibido, impressionou e emocionou milhões de pessoas com as atuações de voz, animação, trilha sonora e enredo envolvendo um mistério que vai sendo respondido à medida que nós vamos nos apegando aos personagens. Isso sem falar na viagem que fazemos ao Japão através da apresentação da sua arquitetura, sociedade, forma de se vestir e até mesmo linguagem corporal.  Um filme que desperta emoções de forma surpreendente, e sem precisar fornecer informações demais para se fazer entender. Imperdível.

– Glauco Marotta

Assassinato no Expresso do Oriente

Quantas vezes seria necessário você revisitar uma obra para deixar de se surpreender? É isso que o filma te faz pensar. Como todo romance de Agatha Christie, você para e se surpreende, mas porque eu veria novamente um filme do qual eu já assisti várias versões e li outras tantas? Surpresa, encantamento e apreensão, talvez essas sejam as respostas.
O detetive Hercule Poirot vai te responder a estas e outras tantas questões, mesmo estando de férias, ele resolve abrir o baú de sua autora e te levar a um universo de promessas que essa nova franquia traz.
Ficamos todos no aguardo para as próximas aventuras, mesmo que já conhecidas, mas ainda cheia de surpresas.

– Walber Pena

Fragmentado

O que falar deste incrível filme?
O pior é que não se pode falar muito dele, pois Fragmentado é um filme que, infelizmente, pode ser extremamente vulnerável à era dos Spoilers que parecem estar cada vez mais em moda.
O que eu posso falar é que tive uma tripla felicidade ao assistir Fragmentado.
A primeira é ver a volta de M. Night Shyamalan em forma, depois de alguns fracassos cinematográficos. Até os gênios podem errar.
A segunda é a surpresa, o ápice que o filme revela, que me fez desejar enormemente sua continuidade e, de certa forma, deixar toda essa história de Marvel e DC no cinema, em um plano sem muita importância para mim, se comparado à este filme. (vejam para entenderem).
E a terceira surpresa, que nem é tão surpreendente assim tratando-se de quem dirigiu a obra, é você assistir à um filme que cumpre o seu papel básico com maestria, prendendo, intrigando e emocionando, até os últimos segundo, fazendo o seu cérebro (ou apenas de quem evita spoilers) explodir no final.

– Antônio Nerd Velho

Mulher Maravilha

Batman vs Superman ainda estava entalado na garganta. Pesado demais. Escuro demais. Melancólico. Chato mesmo. A DC precisava de uma virada, algo que a trouxesse de volta à tona para uma sobrevida. O futuro do seu universo nos cinemas dependia de um sucesso esmagador! A resposta então veio na mais ousada forma – Mulher Maravilha. Um filme de heróis com uma guerreira como protagonista. Uma personagem querida por todos, mas, “teoricamente”, sem o mesmo apelo dos seus parceiros de Trindade. Uma atriz magrela e quase desconhecida.
A desconfiança era total.
Ah, e que delícia foi ver essa desconfiança desmoronar! Mulher Maravilha não é só um bom filme, mas é um símbolo de redenção. Gal Gadot vestiu a camisa e entrou para o seleto rol de atores que se tornam o personagem. Destaca-se, também, a mudança no tom, desde a paleta de cores, passando pelo humor, e chegando a própria ação. Tudo muito mais vibrante do que seus antecessores.
Por fim, é importante falar que uma das maiores críticas ao filme, que foi sobre a falta de um bom vilão, na verdade não faz jus a outra de suas maiores qualidades. A guerra é o vilão. E a sua caracterização foi fantástica!

– Vinicius Farias