Trolls -Seja feliz até explodir num arco-íris!

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Feriado de finados chegando, crianças em casa e um clima meio cinza no ar. Então você pensa: talvez um cineminha no fim do dia com os pimpolhos seja uma boa ideia pra equilibrar, sabe? Uma boa dose de alegria.

De fato, a ideia é ótima, guerreiro-papai, mas se sua escolha for “Trolls”, permita-me dar um aviso, só pra você já sair de casa devidamente preparado….grandes chances dessa tal ‘boa dose” virar uma mega overdose de felicidade e fofura!

A melhor definição que consegui elaborar para resumir trolls, do visual ao roteiro, passando, claro, por sua trilha cool demais é: um mergulho num oceano de jujubas polvilhado em açúcar colorido e brilhante, tipo purpurina, sob um céu verde-claro, com nuvens de pelúcia, montanhas lilás cobertas por feltro e lalalás pra todo lado!

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Na história, Popy (Anna Kendrick), a animadíssima princesa troll, vê seus amigos sendo capturados pela maligna cozinheira chefe Bergen (Christine Baranski), por anos obcecada em serví-los como aperitivos ao príncipe Bergen (Christopher Mintz – Plasse), num plano para recuperar seu prestígio e, indiretamente, assumir o trono da cidade Bergen. Popy, então, parte com seu quase-amigo, Tronco (Justin Timberlake), um troll cinza e deprê pra dedéu, numa missão de resgate cheia de cores e groove.

A direção dividida entre Mike Mitchel ( Shrek para sempre/ Bob esponja um herói fora d’água) e Walt Cohn (Shrek 2, terceiro e para sempre – ok, temos um especialista em ogros na casa) fariam os grandes olhos da Lindinha brilhar! A dupla acerta em cheio no uso de tudo o que possuem à mão para construir e levar à criançada esse universo cutie ao extremo, encantando seus coraçõezinhos, e, de quebra, quem sabe, arrebatando alguns papais com suas inúmeras referências, que nos conduzem de volta no tempo, lá em Garibaldo, Smurfs, Muppets, até desembocar em desenhos mais moderninhos, como Hora de Aventura.

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O tom que estou usando pode soar um pouco irônico, mas podem acreditar…o filme é realmente muito bom. Seu único contra, na verdade, parece muito mais uma escolha consciente do que um problema. Ele não quer ser Divertidamente. O roteiro dá meio que uma banana para os adultos e segue leve, o que não significa raso e desprovido de lances dramáticos. Mas, com um tema denso como a felicidade para se trabalhar, e personagens complexos como Tronco, o troll com medo de ser feliz, o príncipe Bergen, que.nunca provou a felicidade, e a mais interessante e bem explorada, Bridget, a Bergen apaixonada e com problemas sérios de auto-estima (Zooey Deschanel), seria fácil se perder enchendo a tela de reflexões profundas disfarçadas, transformando a jornada numa análise chatinha. Mesmo assim, se você espremer bem o marshmallow, dá pra tirar algumas conversas pós-filme sobre questões como alegria vazia, melancolia, dependência, e a importância do amor e dos amigos na busca da felicidade genuína.

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Mas se a trama não esquenta muito pra nós, a sonzeira que rola é coisa de “gente grande”! Confesso que minhas mãos andam até ardidas de tanto aplaudir esse tal Sr. Justin Timberlake ultimamente. O cara realmente não entra em nada pra perder, e aqui, assinando a produção musical, marca mais um belíssimo touchdown! A seleção de clássicos setentistas e oitentistas, repaginados e muito bem executados, é o elemento X necessário pra fazer a sessão virar uma festa. E nos momentos mais emotivos, é praticamente impossível passar incólume diante do cenário….criaturinhas fofinhas cantando, com todo o coração, canções como Hello, Total eclipse of my heart ou, a mais bonita, True Colors. É demais até para o mais durão dos barbudos.

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Sobre a dublagem nacional, acho que é chover no molhado dizer que é ótima (apesar de ter achado a voz da princesa troll, dublada por Jullie, a princesa do Pop, extremamente parecida com a da Malucia…e quem é pai de menina sabe o quanto isso é tenso), porém, é preciso deixar algo bem destacado. Algumas pessoas andam reclamando da versão brasileira das canções. Claro…esses adultos malas se metendo onde não devem. As adaptações respeitam muito os originais, são super bem cantadas e, o fundamental, integram a história e a desenvolve do jeito certo.

Enfim, “trolls” é uma daquelas animações que te fazem sair do cinema cantando e torcendo para que arrebentem num baita sucesso! Que se torne cult pra essa geração, assim como nós tivemos aqueles “filmes da nossa infância”…não só pelas cores e música, mas pela energia positiva que flui da tela. Imagina só se os relóginhos trolls virassem uma febre mundial, marcando infinitamente a “hora do abraço”. Ok…não consertaria tudo. Mas seria uma tremenda ajuda se tocasse no meio de uma daquelas brigas bobas, e nos lembrasse que ser feliz é sempre muito mais legal!

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