
SEM SPOILERS
Os irmãos Russo conseguiram.
Quando saí da sessão, algo me fez lembrar aquelas cenas de catástrofes como atentados terroristas por exemplo. Pessoas saindo das salas, andando a esmo; olhando para o nada; puro silêncio e os olhos cheios de lágrimas.
Conseguiram se envolver em uma fórmula até hoje não utilizada nos cinemas e trazer para os milhões de fãs pelo mundo afora um novo “sabor” até hoje não existente na sétima arte. Sabor este, fruto de maturação de uma década de filmes grandiosos (ok, nem todos bons) em uma série de exibições cinematográficas anuais e ininterruptas, algo nunca tentado antes na história do cinema.
O resultado?
Bem, o primeiro Guerra Infinita, já explodiu mentes, trazendo uma boa parte desta inovação e impacto, fincando definitivamente a bandeira do MCU na história da cultura pop e imortalizando o nome dos que nele participaram.
Sim, o filme foi devastador, como se todo aquele embate épico junto com as lutas, entrassem em nossas mentes e almas e devastasse-nos por dentro, nos fazendo compartilhar dos sentimentos, alegrias, vitórias, perdas e dores que o filme havia de nos proporcionar.
O antigo fã adolescente dentro de mim, gritou, chorou e ficou sem fôlego em muitos momentos, e o marmanjo por fora, não teve forças para resistir.
Os irmãos Russo conseguem ir muito além de apenas 10 anos de MCU, eles homenageiam, com muitos eastereggs e fans services as inúmeras décadas de quadrinhos e também os clássicos imortais do cinema. Além de mostrar que um filme pode ser fantástico, full color, bonito, ser sobre super-heróis e uniões completamente surreais, sem ser imbecil ou infantil, um tapa sem mão em muita obra do gênero que infelizmente está mais presente do que deveria. E é exatamente esse tipo de público, os que esperam toda aquela ação superficial; a zoeira sem limite típica de Deadpool (não que Deadpool à parte seja um filme ruim); aquele típico público Michael Bay e é claro, os mais infantis (não estou me referindo necessariamente às crianças), que talvez saiam das salas um pouco frustrados, pois sim, felizmente o filme não foi feito pensando neles.
Enfim, como havia dito para um amigo depois, não sei se chega a ser “certo”, um filme causar um impacto psicológico tão forte em toda uma geração, pois acaba que ele deixa de ser apenas um filme, e se torna algo muito maior, cujo eco e influência, acredito, se perpetuarão na cultura pop.