RIP Stan Lee – “Excelsior!”

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Não vou começar uma biografia sobre Stanley Martin Lieber, que nasceu em Manhattan, Nova York, Estados Unidos, no dia 28 de dezembro de 1922, filho do casal Jack e Celia Lieber, ambos judeus imigrantes da Romênia. A família de Lee era relativamente pobre, tendo ele morado boa parte da infância e da adolescência na região do Bronx, na periferia de Nova York.

Mas sei que desde pequeno, Lee gostava de escrever, e seu sonho durante a adolescência era escrever um dia um grande romance. Lee escreveu obituários em jornais; entregou sanduíches para escritórios no Rockefeller Center; trabalhou de office boy para um fábrica manufatureira e como “lanterninha” do Teatro Rivoli na Broadway.

"We used to have a lot of fun with them when we started outselling them," the comic book icon once quipped.

Lee foi muito além. Já com 40 anos, e pensando em abandonar seus sonhos, Lee foi incentivado por sua esposa Joan a não desistir e a desenvolver seus personagens de uma forma menos estereotipada. Sozinho, ou com a ajuda de outras lendas, ele criou uma quantidade impressionante de heróis em quadrinhos que passavam pelos mesmos problemas mundanos que todos nós. Isso mudaria a vida de milhões de pessoas ao longo de mais de 50 anos de carreira, e entre elas, eu e muitos de vocês.

A lista de nomes é impressionante: Homem Aranha, Demolidor, Quarteto Fantástico, Capitão Marvel, Hulk, os X-Men, entre muitos outros. Personagens que se tornaram uma bússola moral forte, no coração de uma multidão de fãs. Não apenas como criador e escritor, Lee também estava presente em uma quantidade incrível de participações especiais em séries de TV, games e filmes. Uma personalidade querida que todo fã sentirá falta, sejam novos ou velhos nerds.

Se hoje, espaços como Nerdopolis existem, é devido em grande parte aos poderes delegados a nós pelas criações fantásticas desse mestre que foi (e sempre será) Stan Lee. Sem esses herois, eu não seria quem eu sou. Não seríamos quem somos. Provavelmente nem teríamos muitas das amizades que hoje temos. Nerdopolis jamais existiria.

Não é apenas uma grande responsabilidade que temos. É uma grande honra. Excelsior!

– por Glauco Marotta, o Andarilho.

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Não há quem possa dizer que Stan Lee não tenha sido importante para o universo em quadrinhos e até mesmo o cinematográfico. Desde que me entendo por gente eu tinha uma revista em quadrinhos nas mãos e já queria saber quem era aquele tal de Stan Lee que aparecia na maioria das capas das revistas que eu lia.

Que garoto nunca se imaginou ser o Stan Lee em meio a tantos super-heróis? O que todo mundo sonhava na minha época era ser um grande criador como aquele cara. Não importa as histórias que venham a se revelar ao longo da vida, pois quando se trata de sucessos e lucros, muita coisa ruim acontece a sua volta. O que importa é esse legado criativo, inspirador e sonhador que ele deixou.

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Hoje muitos avós, pais, filhos e netos estão um pouco entristecidos com essa perda, devem estar vasculhando suas prateleiras, gavetas e baús em buscas daquela revista preferida, daquele adeus ao seu personagem do coração e em silêncio passando as folhas com o bater de uma marcha cadenciada no coração, enquanto relembra suas tiradas fantásticas deixadas para nós naqueles poucos segundos de pura festa, quando fazia suas aparições especiais nos filmes de seus personagens.

Ainda me lembro da primeira vez que ele fez isso, era na série do Incrível Hulk onde ele fazia parte do corpo de jurados e quando o David Banner se transformava e queria partir pra cima de um exaltado Stan Lee é impedido por um jovem advogado cego de bengala e aspirante a heroi.

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Seus personagens foram fundamentais pra muito mais coisas no mundo do que simplesmente atrair pessoas que gostavam dos mesmos gibis, eles inspiraram soldados, mudaram conceitos dentro do mercado de trabalho, a indústria do entretenimento, autores e diretores de cinema. É bem possível que não tivéssemos um anos 80 glorioso, ou movimentos nerds e geeks como conhecemos, talvez tivéssemos uma história completamente diferente.

E será assim que todos nós nos lembraremos desse cara, um visionário, um criador, um fanfarrão… Esse cara é o Stan Lee, umas das maiores genialidades que a 9ª Arte pode conhecer.

Excelsior!

– por Walber Pena, o Crononauta.

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A MORTE DE UM VERDADEIRO MITO

Há um dito entre os supersticiosos, antigo aqui na terra tupiniquim, que próximo do fim de ano, começam a acontecer as “tragédias”, chamadas inclusive por alguns de “Tragédias de fim de ano”. Deveria ser tipo aquelas coisas como a “mortal” mistura de manga com leite; tomar banho de barriga cheia; ficar diante do espelho em trovoada.
Tragédias de fim de ano é um termo que deveria ser motivo para riso, o ano inteiro tem tragédias, todos os meses temos tragédias, as barbáries do crime continuam acontecendo; acidentes naturais; acidentes de trânsito e muitos outros. Mas hoje, exatamente no penúltimo mês do ano, um tipo de tragédia diferente assola o coração dos nerds que possuem algum carinho pela marca MARVEL; morre um dos maiores e mais influentes (talvez o maior) nome dos quadrinhos, o lendário Stan Lee.

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Ok! Desculpem se estou exagerando usando o termo tragédia, mas não seria também o infortúnio ou algo trágico na vida de alguém?
Stan deixou órfãos de sua presença, milhões de fãs-leitores pelo mundo, e uma nova gama de fãs que através da sétima arte, começaram a entender o que aqueles “velhos fãs de gibis” faziam horas com a cabeça abaixada enfiada naquelas páginas, para de vez em quando levantarem-na ora sorrindo; ora chorando, ou às vezes; contemplando o horizonte pensativos.

Eu não chego a ser um marvete, comecei na verdade com almanaques mais infantis, depois pulei direto para A Espada Selvagem de Conan; em seguida foi Tex; Contos da Cripta; então um dia eu esbarrei com a saudosa Heróis da TV e a tal MARVEL passou a ocupar uma boa fatia em meu coração.

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Ora, sabíamos que esse dia chegaria! Esquecemos que por trás de obras tão imortais – e que ao que tudo indica ficarão por aí por pelo menos algumas décadas a mais – o homem mortal por trás delas uma hora encontraria o destino que todo homem encontra, mas com lágrimas nos olhos enquanto escrevo este texto, percebo que nada poderia ter nos preparado para isso. A morte de Stan Lee, não é apenas a morte de um gênio da cultura pop, mas nos faz lembrar do fim dos ciclos, fim de eras e do fim de nosso tempo. Para cada pessoa que morre, um pouco de nós vai junto, pois afinal de contas, é a lembrança do “relógio”; é o tempo que finda.

Excelsior, Stan Lee.

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“Já há tantos homens grandes lutando nesta guerra, pode ser que precisemos de um ‘pequeno’.” – Capitão América – O Primeiro Vingador

– por Antonio Jardim, o NerdVelho.

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