Mundo Guerreiro! É com muita alegria e orgulho que vou comentar aqui as minhas impressões sobre o livro A Tormenta Esmeralda, escrito por um dos cidadãos mais ilustres de Nerdopolis, e colaborador constante dessa página, Antônio C. Jardim, mais conhecido por aqui como Antonio Nerd Velho.
A Tormenta Esmeralda tem a seguinte descrição: em 1420, décadas antes do descobrimento das Américas, quando um achado com informações sobre uma nova terra leva um grupo incomum a uma secreta e arriscada missão. Uma jornada para a qual eles jamais poderiam estar preparados. A Senhora da Esperança e os seus tripulantes abandonarão a costa portuguesa e sua realidade, mergulhando em uma viagem que, pouco a pouco, os levará para o desconhecido e o terror, em direção a uma misteriosa “Ilha Verde”. Duas perguntas permearão a mente dos seus tripulantes e dos leitores: Para onde estarão realmente indo? Terão sucesso em tal empreitada?
Sim, o livro foi escrito por um velho amigo. Antes de iniciar sua carreira como autor, Antonio C. Jardim passou décadas se dedicando a arte da criação de mundos fantásticos e na narração de inúmeras campanhas de RPG. Dono de uma imaginação incrível e ávido devorador dos clássicos da cultura pop, não foi com surpresa que descobri que os personagens apresentados no livro ganhavam mais e mais vida à cada página lida. Com uma descrição rica, e utilizando farto material de pesquisa, pude ser facilmente transportado para um mundo fantástico, mas ao mesmo tempo crível.
Buscando ser mais imparcial e honesto, preciso admitir que nem todas as decisões escolhidas na resolução de alguns conflitos me agradaram. O melhor do livro na minha opinião, os personagens, possuem uma introdução mais lenta, o que poderia desencorajar alguns leitores mais interessados na ação (que em determinado ponto do livro não desapontará os fãs do gênero). Vencida a barreira inicial, diversos pontos da viagem descrita poderão surpreender os leitores, mas não realmente prepará-los para os eventos que serão passados na misteriosa ilha, destino dos membros da tripulação da Senhora da Esperança. É na segunda parte do livro que começamos a entender as verdadeiras motivações dos personagens e a função de cada um dos seus arcos na história.
O autor conseguiu que eu me importasse realmente com alguns dos personagens (principalmente o mouro Hamood e o guerreiro Heráclio) e me emocionasse em alguns momentos. Uma entrada sólida e, para aqueles que tiveram o privilégio de participar de alguns dos jogos de RPG narrados por ele, uma satisfação em perceber que sua paixão em contar boas histórias está ali, em seu primeiro livro publicado.
Recomendo a leitura, não por ser amigo do autor, mas pela qualidade da história que trará boas horas de tensão e diversão para seu leitor. Para os fãs de aventuras, ação e boas doses de horror, um prato cheio e a esperança que o autor possa nos brindar com mais contos e romances em um futuro próximo.
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