Comecei querendo escrever um post sobre adaptações de produções tanto cinematográficas quanto da TV para jogos de tabuleiro e cartas e acabei me deparando com um universo vasto e quase sem fim. Desde a década de 1930 empresas especializadas que já atuavam no mercado desde o século XIX, como a Milton Bradley Company (1860) e Parker Brothers (1883) que traziam títulos dos mais variados segmentos e explorando um mercado mais amplo entre as produções cinematográficas enquanto a Pepys – Castell Brothers (1878) focava em sua grande maioria no universo Disney. Outras editoras se destacaram no mesmo período como a Kenton Hardware (1894), Glevum Games (1894) e a Whitman (1916).
Personagens queridos como Superman disputavam espaço com figurinhas carimbadas do Sr. Walt Disney que seguiu loucamente produzindo séries de animações e longas metragens que viviam saindo das telas e vindo para a mesa, já que os jogos familiares eram uma alternativa para a distração das crianças que passavam a viver cada vez mais em grandes cidades e longe das diversões ao ar livre.
Ainda na década de 1930 personagens particularmente preferidos por mim começaram a atrair a tenção das editoras de jogos, e vou além dos clássicos como 20.000 Léguas Submarinas ou Gulliver, que eram chancelados pelos Stúdios Disney, me refiro aos personagens fora da curva como Tarzan, Dan Dare e Buck Rogers. Sou verdadeiramente aficionado por esse gênero que ultrapassava o conhecimento da época e explanava no imaginativo humano conseguindo perdurar até hoje.
G.I. Joe, Perdidos no Espaço, Viagem ao Fundo do Mar, Túnel do Tempo e Ratos do Deserto agraciaram os sonhos dos adolescentes e até mesmo dos adultos daquela época. Godzilla e Frankenstein abriram o caminho para a Família Addams e outros monstros do cinema e de Além da Imaginação enquanto heróis como Ultraman e Thunderbirds enfrentavam seus inimigos para proteger a Terra por volta dos anos de 1950. Para quem vai se perguntar sobre os personagens da Hanna & Barbera, quase todos tiveram sua participação no hobby, mas a partir dos anos de 1960.
Star Trek estreou nos jogos de tabuleiro em 1974 trazendo consigo Flash Gordon, Doctor Who e seus Daleks, O Planeta dos Macacos, Space 1999, UFO, além de Kojak, M.A.S.H. e O Homem Biônico e A Mulher Biônica. Em 1977 Star Wars explodiu não só no cinema, mas também nas suas várias versões de cartas e tabuleiro seguido por Superman, Aliens, Battlestar Galactica, Battle of the Planets e Down of Dead.
Também disputam espaço com a minha atenção clássicos como Conan, Krull, Mestres do Universo, Thundercats, Transformers, Thundarr, Macross, Gundam, Clash of Titans, Blade Runner, The M.U.S.C.L.E. e Scape from New York, além de E.T. e Indiana Jones, o que me faz perguntar quantas vidas serão necessárias para conseguir reunir estes divertimentos em minha prateleira.
Para quem acha que isso já acabou é porque ainda não viu os lançamentos dos últimos anos e que infelizmente, mas salvo pelas facilidades do mercado de hoje, são produzidos em sua grande maioria em pequenas escalas. Me refiro a Os Goonies, Tex, Zagor, Red Sonja, Starship Troopers, Inception, The Walking Dead, Lucky Luke, Perry Rhodan e as lindas meninas de Manara. Nossa! como eu ia me esquecendo de The Crow e Madman?
Vou promover da minha lista de desejos para a lista de sonhos Hellboy, Solomon Kane e o último lançamento de Batman, que fazem parte desse segmento de lançamentos exclusivos de pré-financiamento e sem acesso ás lojas, já carimbados como itens de colecionador.
Para muitos é um hobby caro e inútil, mas para outros é exatamente ao contrário, visto que um jogo de tabuleiro se mostra uma experiência única a cada vez que vai a mesa, não têm problemas com compatibilidades de consoles ou atualizações de programas e a variabilidade das experiências depende de quem está a volta da sua mesa.
Hoje os lançamentos nem chegam a esperar os sucessos das bilheterias ou da aceitação pública nos canais de streaming, os jogos são lançados simultaneamente ao filme ou série, como foi o caso de Vingadores Guerra Infinita e Pacific Rim.
Como disse comecei querendo escrever um post sobre adaptações de produções cinematográficas e TV, mas acabei em pé olhando para a minha estante contando e listando o que ainda falta.